AMIZADES: Porque nem sempre são eternas como desejamos???

Esses dias, na falta do que fazer, na minha casa em Tabuleiro do Norte, pus-me a ver álbuns de fotos, cartões, agendas antigas... e é como se eu pudesse viver novamente tudo que me veio à memória. Foi mergulhar em um passado de amizades bonitas que muito me acrescentaram. E me lembrei de cada amigo, cada sorriso, cada momento... e me pergunto porque tantas amizades que julgamos importantes simplesmente se vão...
Em uma determinada época da minha vida eu sentia muito o fato de meus amigos de adolescência agora serem amigos de outras pessoas. Saírem e se divertirem, terem hoje um novo mundo da qual não faço parte. Hoje eu consigo entender, embora não aceite, que as pessoas seguem caminhos diferentes, e essas ramificações tendem a nos afastar. Enquanto me tornei dentista, uma amiga casou-se e foi morar em outro estado, outro virou produtor musical e vive na "night".
E resolvi então fazer essa postagem dizendo que embora eu não tenha mais contato com muitos de meus amigos do passado, eles sempre farão parte de mim. E sempre os lembrarei com carinho, de coração aberto à espera do dia em que puder revê-los novamente!
Como não lembrar da melhor amiga de infância, Mírian? Estudamos juntas tantas séries, competíamos para ver quem tirava melhores notas, ou quem tinha as roupas mais bonitas(nesse último quesito ela ganhava, eu até copiei alguns modelitos dela...rs). Nos sentávamos todos os recreios no mesmo banquinho a merendar nossos pães com suco levados em lancheiras e para mim não existia coisa melhor no mundo... Até que vim para Fortaleza estudar e ela ficou. Hoje sei que está casada, mora em outro estado, e a última vez que nos falamos via orkut ela era mãe de um lindo menino. Saudade dela!
Pulo alguns anos, quando já estudava no Christus. Raquel foi minha melhor amiga daquela época. Um pouquinho mais velha que eu, ela havia repetido de ano e encontrou em mim a companhia que precisava para se soltar mais, pois era muito tímida. Adorava passar os recreios com ela sentada na arquibancada da quadra coberta comendo coxinha e dando nota para os meninos. Éramos muito novas ainda, talvez doze ou treze anos, até que ela saiu do Christus. Aí entram três dos amigos mais especiais que já tive na vida: Germano, Carlos Filho e Victor. Éramos meio que um quarteto inseparável do colégio, fora as vezes que eu era excluída de algum programa por ser menina...rs. Inventamos até banda juntos onde eu era back vocal(péssima, diga-se!). Germano era o mais cabeça, segurou comigo a barra do enfarte do meu pai e me consolava no telefone por horas e horas. Carlos Filho, que eu chamava de Cacá era tímido, mas com uma personalidade muito bacana. Devo a ele por ter me apresentado Green day e algumas outras bandas que ele curtia. Victor era o galã, e todas as meninas morriam de inveja porque ele não saía de perto de mim. Criamos até uma rádio no Christus. Eles iam ver minhas peças de teatro, sabiam tudo da minha vida, enfim, foram amigos muito queridos. Até que mudei para o Colégio Geo, e outros amigos entraram na vida deles... Germano decolou uma carreira musical e a última vez que o vi ainda namorava a mesma garota da época de escola. Carlos Filho casou-se com uma prima do Victor e ele tem um lindo filho. Victor andou morando em outro país uma época e uma vez o vi passando pela Dom Luiz, estiloso como sempre.
Já na minha fase mais mocinha, entrou Leirton, que praticamente morou na minha casa. Ambos somos de Tabuleiro, então até fins de semana e feriados viajávamos juntos. Carnaval, reveillon, era impossível ele não fazer parte, como um irmão. Nos divertimos muuuuuuito em festas, micaretas e um sabia tudo do outro. Brigávamos às vezes, mas era sempre no intuito de alertar ou dar uma bronca merecida... É um dos poucos que ainda tenho contato hoje, embora muito restrito, mas sei que posso contar a qualquer momento. Ele formou-se em administração e hoje está tomando conta da própria vida com tudo que conseguiu de esforço próprio, tenho muito orgulho dele!

Leirton e eu, numa pousada em Canoa Quebrada

E Simone? Simone foi até hoje(e ainda é)minha melhor amiga! Amizade que começou por intermédio de outra grande amiga(Samara) e que foi crescendo e se fortificando. Andávamos tão juntas uma época que até surgiu boato de que éramos namoradas,rs. Vivíamos em cima da minha honda biz, indo para pagodes em Limoeiro, ou simplesmente andando pelas ruas de Tabuleiro, jogando conversa fora. Temos muuuuitas histórias para contar, e hoje quando nos encontramos ficamos morrendo de rir de coisas que vivemos juntas e sei que ela foi uma das melhores coisas que me aconteceram na vida. Simone só me trouxe alegrias e eu a amo muito muito! Ela hoje vive em Tabuleiro, trabalha, tem a vida de sempre, mas um dia ainda vou vê-la crescer muito!

Simone, minha melhor amiga!

Simone foi quem me trouxe a turma que foi a mais massa que já tive em toda minha vida. Ela me levou a primeira vez na casa de Salomão dizendo que eles eram roqueiros, mas eram gente boa. Bem, eu sempre tive uma veia roqueira e logo me dei bem com os meninos. Não consigo nem citar todos, mas Salomãozinho, Messon, Peterson, Pierre, Deía, Fabrício, Léo etc eram muito gente boa e me deram momentos de muitas gargalhadas. Toda tarde eu ia para lá e só voltava quase de madrugada, quando na calçada que sempre era lotada de gente, restava apenas três ou quatro... Coisas bobas como o poder que cada um gostaria de ter, ou a coisa mais engraçada que já viram na vida nos tomavam horas do nosso tempo. Aventuras nas pedrinhas, acampamentos, sítios e muito rock n' roll faziam de nós a turma mais massa que já existiu na face da terra! Que época perfeita! Tenho tanta saudade daquilo, da simplicidade, inocência e tal. E aí alguns dos meninos casaram, Salomão mudou-se(embora as cartas que trocávamos fazia parecer que estávamos conversando pessoalmente), eu fui embora para Natal estudar... e nunca mais a turma foi a mesma! Mas eu tenho em minha lembrança cada momento, cada susto, cada conversa que vivi ali naquela casa.

Salomãozinho e eu

Uma parte da galera no dia da filmagem do "mistério do garfo assassino"

Messon, eu e Peterson em um dia perfeito na praia

Em Natal minha única grande amizade foi Taísa. Foi a única que ultrapassou os muros da faculdade e tornou-se quase uma família, tendo em vista que a dela me adotou de braços abertos. Nossa, foi o único período que realmente vivi naquela cidade. Ela levantou minha auto-estima que andava baixíssima, me obrigou a virar uma perua e nos tornamos uma dupla impecável que arrancada olhares por onde passava. Éramos uma coisa só, passamos a atender juntas na faculdade e uma impulsionou a outra a estudar e superar obstáculos. Viajamos, passeamos, curtimos muito o último semestre, além de uma defender a outra com unhas de dentes. Taí uma amizade linda que acabou por bobagem, por mal entendidos ou influência de pessoas que se incomodavam com nós duas. E senti muita falta depois de não acompanhar etapas importantes da vida dela, como o nascimento do filho lindo que ela tem. Hoje sei que ela ainda vive em Natal, está muito bonita e feliz. Que bom, isso me faz feliz também.

Eu e Taísa em uma das nossas saídas

Eu poderia passar horas e horas falando de amigos especiais... Mas a postagem ficaria gigante! Como não citar Taianá, Fabrícia, Iana, Samara, Kátia, Fito,Ciro, Lano, Romário, Robson véi e tantos outros amigos que encheram minha juventude de felicidade?

Minha magrela Samara e eu

Taianá, amizade de infância e Ciro, um irmão

Lano e Romário me faziam bolar de dar risada

Iana, Fabrícia e eu, parando campinhos...rs

Robson véi, eu e Lano

Fito, o irmãozinho que Deus me deu em condições tão tristes, mas no momento certo para nos apoiarmos um no outro.

Meus amigos, longe ou perto, de uma forma ou de outra, independente de como a amizade se distanciou, amo vocês muito. Não importa quanto tempo passe, para mim sempre será um prazer reencontrá-los!!!!!
Amo vocês!